Afinal, o que é "doutrina"?
A palavra "doutrina" tem sido muito utilizada no meio religioso, porém pouca verdade se sabe a respeito dela. Vamos esclarecer algumas questões:
Primeiro: a palavra "doutrina" foi traduzida do grego "didache" que significa "ensino, instrução, o ato de ensinar.".
Ou seja, quando falamos sobre "doutrina bíblica" ou "doutrina de Jesus" nos referimos ao ensino que Ele trouxe de Deus.
"...O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo." (Jo 7:16-17)
Existem várias ou uma só?
Hoje, muitos dizem: "- A doutrina da minha igreja é diferente da doutrina daquela igreja". Isso significa na verdade que ambas as igrejas possuem seus próprios ensinos e por consequência nenhuma delas possui o ensino de Jesus.
Devemos praticar a doutrina dada por Jesus, e não as regras e costumes criados pelos homens ao longo dos anos.
O ser-humano pensa que tem o direito de introduzir novos ensinos à Palavra de Deus. Jesus afirmou que nem mesmo Ele trazia a doutrina de si mesmo, mas do Pai.
Devemos seguir o exemplo de Cristo, permanecendo sob a vontade de Deus. Deixar de lado o ensino de Jesus significa virar as costas para Deus (Gl 1:8). Acrescentar algo ao ensino de Jesus significa colocar-se no lugar de Deus (Ap 22:18-19)!
A Palavra de Deus é perfeita e interpreta-se a si mesma.
"Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho." (2Jo 9)
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Viver PARA o evangelho ou viver DO evangelho?
Entre essas duas
pequenas palavras há uma enorme diferença. Podemos explicar essa
diferença através da Bíblia e também através da história. Veja:
Viver PARA o evangelho
é amar a mensagem da boa notícia a respeito de Jesus. É entregar
sua vida e seu tempo em favor do reino de Deus e das almas que podem
ser resgatadas. É servir em tudo sem esperar nada em troca.
Já o viver DO
evangelho pode até envolver o amor e a entrega, porém tudo será
feito com o interesse de receber algo em troca.
Resumindo, a grande
diferença entre o PARA e o DO, está justamente na condição que
você coloca para anunciar o evangelho: Quanto receberei para fazer
isso?
Vejamos alguns exemplos
bíblicos de “viver PARA o evangelho”:
Jesus, nosso modelo
supremo, nunca jamais exigiu nenhum centavo por seu ensino ou por seu
sacrifício. Ele jamais esperou algo em troca, senão a fé daqueles
que o ouviam. Outro exemplo é o apóstolo Paulo que viajou e pregou
sem cobrar nada, tendo por vezes que exercer tarefas remuneradas para
obter seu sustento (At 18.1-3), mas que na maioria do tempo contava
apenas com o cuidado daqueles que queriam ajudá-lo (Fl 4.10-19).
Paulo afirma claramente “Não que eu
procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que
aumente o vosso crédito.”
Ele não estava atrás de dinheiro por sua pregação, mas sim de pessoas dispostas à transformação.
Ele não estava atrás de dinheiro por sua pregação, mas sim de pessoas dispostas à transformação.
Exemplos de “viver DO
evangelho”:
Nos dias de hoje
vemos "pregadores" que cobram para ir nas igrejas passar
uma mensagem. Outros lançam cds ou livros e cobram direitos autorais
sobre eles e ainda afirmam ser "expressamente proibido o uso ou
a reprodução sem autorização do autor". Imagine se Paulo
tivesse usado esses mesmos parâmetros ao escrever suas cartas? Não
poderíamos usar hoje nenhum de seus textos sem antes conseguirmos
autorização prévia e também pagar direitos pelo uso desse
material. Consegue imaginar como seria?
Essas pessoas que
vendem a mensagem de Deus, veem no evangelho um meio de sustento. Se
você se recusar a pagá-lo, ele se recusa a levar a mensagem, ou se
recusa a fazer seu show, ou se recusa a dar-lhe o livro que
escreveu...
Enxergou a diferença?
Quem vive PARA o
evangelho não coloca condições para anunciar a mensagem de
salvação, mas quem vive DO evangelho, esse coloca e muitas vezes
essas condições ($$) não são baratas.
Mas não foi assim
desde o princípio (parafraseando Jesus (Mt 19.8c)). As Escrituras
nos dão o exemplo do “de graça recebeste, de graça dai” (Mt
10.7c), pois elas são livres de direitos autorais e assim dão
liberdade para que todos a usem, gratuitamente.
As Escrituras
afirmam que o bom presbítero é merecedor de salário dobrado (1Tm
5.17-18) e isso é incontestável. Exemplos aprovados também mostram
que o cuidado com os mensageiros é algo agradável a Deus, como
afirmou Paulo ao Filipenses em Fp 4.18. Essa ação de cuidado foi
aprovada pelos apóstolos, mas eles jamais pregaram o evangelho em
troca de sustento. Ao contrário, mesmo que o sustento não
aparecesse, eles estavam lá para fazer a vontade de Deus.
Trabalhavam independente daquilo que poderiam ganhar.
Essa é a diferença
entre viver PARA o evangelho e viver DO evangelho. Ao contrário de
Jesus e dos apóstolos, muitos dos “mensageiros” de hoje cobram
pelo ensino, pela informação, por seus talentos, e ainda exigem que
você peça a eles autorização antes de usar qualquer uma de suas
composições. Paulo nunca cobrou por uma de suas cartas e nem
centralizou em si mesmo a autoridade sobre elas. Ele exortava as
igrejas para que lessem e trocassem as cartas entre si livremente (Cl
4:16).
Se aceitássemos que
esse sistema atual está correto, então só nos restaria uma
pergunta: Onde estão os descendentes dos escritores bíblicos para
receberem os seus direitos autorais?
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